No segundo dia de atividades do simpósio "Desenvolvimento Econômico e Adaptação de Mudanças Climáticas no Amazonas: Oportunidades de Cooperação entre Brasil e EUA”, realizado no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), além da apresentação das ações de instituições como o Exército Brasileiro e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, os participantes debateram sobre o “Financiamento de intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes” e finalizaram o evento com a formatação de um plano de ação que coordenará os trabalhos daqui pra frente.
Segundo Alexandre Rivas, doutor da Universidade Federal do Amazonas e pesquisador do Instituto Piatam, a interação entre as instituições participantes já rende bons frutos. “As partes que ficaram interessadas já começaram a conversar entre si e a escrever projetos. Um estudante de doutorado aqui do Norte já começou a fazer um projeto com a Universidade do Tennessee para desenvolver uma pesquisa na área de bioprodutos e o próprio Tribunal já teve uma conversa no sentindo de montar uma programação de intercâmbio, enfim os resultados já começaram a surgir”, afirmou.
Para o comandante Militar da Amazônia, general Villas Boas, um dos palestrantes do 2º dia, é de suma importância a realização de eventos como esse. “Um dos maiores problemas da Amazônia é conhecimento e conhecimento da realidade amazônica. Um encontro como esse que move até pessoas de outros países é fundamental e por isso parabenizo o Tribunal de Contas que tem dado ênfase nesse tema tão relevante”, afirmou.
O general destacou ainda que qualquer abordagem na Amazônia tem que ser feita de forma multidisciplinar e que para o desenvolvimento sustentável a parte humana é a mais importante. “O que vai salvar a Amazônia chama-se desenvolvimento. Pobreza é sinônimo de dano ambiental e a Zona Franca de Manaus é um exemplo disso. Cada vez que uma obra de infraestrutura é impedida, nós estamos impedindo o desenvolvimento da região”, disse Villas Boas.
Plano de Ação
A partir da finalização das apresentações, foi feito um plano de ação para os próximos passos. Ele é a referência para que as atividades possam avançar de uma maneira mais coordenada, mais focada.
De acordo com Rivas, o próximo passo é continuar a avançar. “O que esse evento fez foi criar um mercado onde as pessoas livremente vêm, apresentam suas ofertas e suas demandas, e retiram daí o benefício. Agora é focar nas deliberações do plano e avançar”, finalizou.
Com a participação de pesquisadores da Universidade do Tennessee (EUA) e das Universidades Federal e do Estado do Amazonas, além de instituições ligadas ao tema, como o Instituto de Inteligência Socioambiental Estratégica da Amazônia (Piatam) e Instituto de Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O encontro articulado pelo Instituto Piatam em parceria com Programa Companheiros das América (Partners of the Américas), Ufam, Inpa e TCE, já obteve resultados antes mesmo de seu término.
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Texto: Amaro Jr.