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CAPÍTULO 2  A segunda onda










                      Além de notificar a prefeitura, o TCE também                       Com a chegada da primeira lista da Secretaria
                    disponibilizou aos cidadãos, que tivessem conhecimento             Municipal de Saúde de Manaus, o TCE publicou, em 25
                    de possíveis irregularidades no processo de imunização             de janeiro no seu site oficial, a relação nominal dos
                    contra Covid-19 no Amazonas, canais exclusivos na                  imunizados na cidade e identificou dezenas de nomes
                    Internet, e em aplicativo de mensagens, para denúncias.            repetidos e CPFs inexistentes ou errados, após o
                                                                                       cruzamento de dados realizado pelos técnicos.







                    Transparência total





                      Ainda no dia 20 de janeiro de 2021, o presidente do              o conselheiro Érico Desterro sugeriu ainda, que os órgãos
                    TCE-AM, conselheiro Mario de Mello, determinou que                 da área de Saúde, criassem um sítio eletrônico na Internet
                    a Prefeitura de Manaus se abstivesse de qualquer ato               com todas as informações da vacinação, inclusive a
                    que proibisse a realização ou divulgação das imagens               quantidade de pessoas imunizadas. Duas semanas depois,
                    nas salas de vacinação e a favor da transparência.                 a proposta foi acatada pelo governo estadual e pela
                                                                                       prefeitura da capital, que criou o “Vacinômetro”.
                      A ação aconteceu após a declaração do prefeito de
                    Manaus, David Almeida, que afirmou seria elaborada
                    uma portaria para proibir a divulgação de imagens
                    dentro das salas de vacinação, após a repercussão
                    negativa de publicações feitas por pessoas, que teriam
                    recebido a vacina antes dos profissionais de saúde,
                    que atuavam na linha de frente.


                      “A proibição de registrar e divulgar imagens é um
                    ato que fere os direitos coletivos e a liberdade de
                    manifestação, resguardados pela Constituição. O TCE
                    não permitirá que os direitos da população sejam
                    maculados. Além disso, precisamos garantir o máximo de
                    transparência em todas as ações referentes à vacinação
                    e não há motivo para essas imagens não se tornarem
                    públicas”, afirmou o presidente do Tribunal.

                      Durante a 1ª Sessão Extraordinária do ano,
                    realizada em 22 de janeiro de forma virtual e
                    transmitida pelas redes sociais da Corte de Contas,







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